O agravamento da pandemia pode ter reflexos na economia de Alagoas. Antes do imaginado. Representantes do setor produtivo e do Estado se reúnem nesta terça (2) para avaliar ajustes no atual plano de distanciamento social controlado.
Diante do aumento de casos, vários Estados do Brasil adotaram medidas mais duras – de toque de recolher a lockdown. Tudo para tentar evitar o colapso da rede de saúde.
E Alagoas pode retroceder nas fases do plano de distanciamento social controlado? Pode sim. Mas nada no curtíssimo prazo. O endurecimento das medidas está entre as opções, mas não deve ser usado antes de ações para tentar conscientizar a população.
A reunião, que vai marcar a retomada do diálogo entre setor público e privado, será no Palácio dos Palmares e vai contar com os secretários da Saúde (Alexandre Ayres), Gabinete Civil (Fábio Farias) e do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Rafael Brito), além de representantes da Abrasel-AL, ABIH-AL, Fecomércio-AL e Associação Comercial de Maceió.
Além da retomada do diálogo, o encontro também será preparatório para as medidas que o Estado deve adotar nos próximos dias em relação ao distanciamento social controlado.
Tudo aponta, apesar das negativas repetidas, para um endurecimento. O fechamento de setores não está descartado. O mais provável é que num primeiro momento o setor produtivo colabore, reforçando exigências para uso de máscaras e pedindo para evitar aglomerações.
O governo também trabalha com a possibilidade de estabelecer redução de horário de funcionamento do comércio e serviços – principalmente bares e restaurantes.
Sem culpa
Rafael Brito defende que o turismo de Alagoas não pode sofrer, mais uma vez, restrições em função de descuidos de outros setores.
“Não se pode marginalizar o turismo, enquanto tem gente aglomerando em bares, restaurantes e shows, circulando sem máscaras e sem respeitar regras de distanciamento social controlado”, aponta.
O turismo, avalia o secretário, não tem culpa nesse cartório. E ele explica, com alguns números que circulam na imprensa:
– 12 estados do Brasil estão em alta no número de casos de Covid-19, mas apenas 5 são considerados de potencial turístico: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Para. Alagoas não se enquadra nesta categoria, seguindo em estabilidade.
– Acre, Rondônia, Roraima e Goiás, por exemplo, estão entre os estados com mais casos e mortes na última semana e não são considerados grandes destinos turísticos.
“O turismo é uma atividade, no caso de Alagoas, praticada principalmente em áreas abertas, sem aglomeração, com todos os cuidados sanitários e com grande importância social e econômica”, pondera Brito.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior