O turismo brasileiro vem se consolidando como um dos principais motores da economia nacional em 2025, impulsionado por diferentes segmentos. Um dos destaques é o setor de viagens corporativas, que encerrou o mês de agosto com um faturamento de R$ 1,21 bilhão. Esse número representa um crescimento de 2,41% em comparação ao mesmo mês de 2024, quando o setor registrou R$ 1,18 bilhão, mantendo a tendência positiva no desempenho financeiro.
Na avaliação do ministro do Turismo, Celso Sabino, o turismo de negócios tem papel estratégico na cadeia produtiva do setor. Segundo ele, “o turismo corporativo é uma modalidade que vem apresentando números espetaculares ao longo dos meses. Estamos falando de um faturamento de mais de R$ 1 bilhão somente em agosto. Isso, sem dúvidas, reflete na economia brasileira, gerando renda e emprego”.
Levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) aponta que os serviços aéreos foram responsáveis por quase 60% do valor total faturado, somando R$ 722 milhões. Em seguida, o setor hoteleiro aparece com R$ 368 milhões em receitas, demonstrando a força desses dois pilares dentro das viagens corporativas.
Entre os serviços analisados, o de transfer registrou a maior variação positiva em relação a agosto de 2024. O faturamento do segmento saltou de R$ 3,7 milhões no ano passado para R$ 5 milhões neste ano, um crescimento expressivo de 37,4%, conforme dados da Abracorp.
A expectativa para o segundo semestre é otimista. Douglas Fernandes e Camargo, diretor executivo da Abracorp, afirma: “Esses resultados do segundo semestre só reforçam nossa expectativa de que fecharemos o ano com um faturamento próximo a R$ 15 bilhões”, destacando o desempenho consistente do setor ao longo de 2025.
Como parte das ações para fortalecer o turismo de negócios e eventos, o Conselho Nacional de Turismo (CNT) criou, em agosto, a Câmara Temática de Turismo de Eventos. A iniciativa busca suprir a ausência de um espaço exclusivo para discussões técnicas e elaboração de políticas públicas voltadas ao segmento MICE – sigla em inglês para Reuniões, Incentivos, Conferências e Exibições.
O objetivo da nova câmara é estruturar uma agenda estratégica de longo prazo para ampliar a competitividade internacional do Brasil no setor, apoiar a captação de grandes eventos e fortalecer a realização de feiras e conferências no país. A criação desse fórum exclusivo também reflete uma compreensão da importância do turismo de negócios como vetor de desenvolvimento econômico.
A medida acompanha uma tendência global de crescimento nesse segmento. De acordo com dados da consultoria GlobalData, o mercado mundial de viagens de negócios, que já havia superado os níveis pré-pandemia em 2023, deve alcançar US$ 381,63 bilhões até 2027, com uma taxa de crescimento anual de 11,69%.