Uma comitiva de senadores brasileiros desembarcou nos Estados Unidos esta semana com o objetivo de negociar a tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros durante o governo de Donald Trump. Entre os parlamentares estava o senador alagoano Fernando Farias (MDB), que ocupa a vaga deixada por Renan Filho (MDB). A missão oficial, no entanto, terminou sem qualquer resultado prático.
Segundo levantamento do portal Poder360, a viagem de Fernando Farias teve um custo total de R$75,5 mil aos cofres públicos. Desse montante, R$49,8 mil foram destinados a passagens aéreas, R$25,3 mil à hospedagem e R$400 ao seguro viagem. Além disso, cada parlamentar da comitiva recebeu US$629,61 por dia (cerca de R$3,5 mil) para cobrir despesas pessoais. Ao todo, as diárias pagas aos senadores somaram R$201,6 mil, com mais R$2,6 mil em seguros, elevando o custo total da missão para R$476,5 mil.
Apesar do investimento, a comitiva não foi recebida por autoridades do alto escalão do governo Trump. Em parte da agenda, os parlamentares chegaram a se reunir sozinhos no hotel onde estavam hospedados.
Tarifas de Trump
Na quinta-feira (31), o ex-presidente Donald Trump assinou uma nova ordem executiva que impõe tarifas recíprocas a dezenas de países, com alíquotas variando entre 10% e 41%. As taxas entram em vigor no próximo dia 7 de agosto.
A medida afeta diretamente as exportações brasileiras e tem sido alvo de preocupações entre autoridades e empresários. Mesmo assim, a viagem oficial da comitiva brasileira terminou sem diálogo com representantes do governo americano ou qualquer avanço em negociações comerciais.
Com o cenário indefinido e o alto custo da missão, a viagem do senador alagoano e demais integrantes da comitiva levanta questionamentos sobre a efetividade das ações diplomáticas recentes.

