Apesar dos alertas das autoridades de saúde, a população de Alagoas segue com baixa adesão à vacinação contra a Influenza, doença que se propaga com maior intensidade no período do inverno e pode ser fatal. Em 2023, o estado registrou 52 mortes em decorrência da gripe. Ainda assim, apenas 42,27% do público-alvo procurou os pontos de imunização, segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), o que representa 309.046 pessoas vacinadas de um total estimado de 731 mil.
O cenário é especialmente preocupante diante dos dados mais recentes do Boletim InfoGripe, da Fiocruz, que apontam níveis elevados de transmissão da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 18 das 27 unidades da Federação, incluindo Alagoas. O relatório indica tendência de crescimento da doença, agravando o alerta para o risco de surtos no período mais frio do ano.
Além disso, as hospitalizações por SRAG entre crianças pequenas, causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR), seguem em alta nas regiões Centro-Sul, Nordeste e Norte do país. O dado reforça a necessidade urgente de intensificar a vacinação como medida preventiva, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, para evitar complicações graves e mortes evitáveis.
Segundo Ana Mércia dos Santos, assessora técnica do Programa Nacional de Imunização (PNI) em Alagoas, a vacinação contra a Influenza está disponível em todos os 102 municípios do estado. A imunização é indicada para todas as pessoas a partir dos seis meses de idade, com prioridade para grupos mais vulneráveis, como crianças, gestantes e idosos.
A vacina oferecida gratuitamente na rede pública garante proteção contra as principais cepas do vírus em circulação no Brasil, incluindo H1N1, H3N2 e Influenza B. Para receber a dose, basta procurar um posto de vacinação fixo ou volante e apresentar o Cartão de Vacinação. No entanto, a ausência do documento não impede a aplicação do imunizante.
