O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar a China nessa terça-feira (14) por reduzir drasticamente as compras de soja norte-americana, medida que, segundo ele, tem prejudicado os agricultores do país. Em publicação na rede Truth Social, o republicano afirmou que Pequim está agindo de forma “economicamente hostil” e disse que seu governo estuda encerrar negócios com a China envolvendo óleo de cozinha e outros produtos comerciais.
“Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retaliação. Podemos facilmente produzir nosso próprio óleo, sem depender deles”, escreveu Trump. O ex-presidente também alegou que a decisão chinesa de suspender parte das importações é intencional e afeta diretamente o setor agrícola dos Estados Unidos.
Mais cedo, durante encontro com o presidente argentino Javier Milei, Trump criticou novamente o governo chinês, afirmando que Pequim “gosta de tirar vantagem dos outros países, especialmente dos EUA”. Ele ainda aconselhou Milei a manter distância em assuntos militares com a China, dizendo que ficaria “muito chateado” se isso ocorresse.
A tensão sobre o comércio de soja vem crescendo há semanas. O republicano já havia responsabilizado o governo Joe Biden pelo enfraquecimento dos acordos agrícolas firmados anteriormente com Pequim. Dados recentes mostram que, entre janeiro e agosto de 2025, as importações chinesas de soja dos EUA caíram quase 80%, enquanto o Brasil se consolidou como principal fornecedor, exportando mais de 77 milhões de toneladas do grão para a China no mesmo período.