
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu ao empresário Elon Musk por uma mensagem de arrependimento publicada nesta quarta-feira (11) e afirmou que não pretende revisar os contratos governamentais com as empresas comandadas por Musk, como a SpaceX e a Tesla. A informação foi confirmada em entrevista coletiva pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
“O presidente reconhece e agradece a declaração de Elon nesta manhã. Continuamos focados nos assuntos do povo americano”, afirmou Leavitt ao ser questionada sobre os desdobramentos do embate público entre os dois líderes.
O gesto de conciliação veio após uma série de desentendimentos entre Trump e Musk na última semana, marcados por trocas de farpas em redes sociais. Em publicação na plataforma X (antigo Twitter), Musk reconheceu os excessos.
“Eu me arrependo de algumas de minhas postagens sobre o presidente Donald Trump na última semana. Foram longe demais”, escreveu o empresário, sinalizando o desejo de encerrar o conflito.
A tensão ganhou força após a saída de Musk do governo Trump, onde atuava como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado com a proposta de reduzir gastos públicos. A ruptura se deu por divergências em relação ao plano fiscal da atual gestão.
Durante a crise, Trump chegou a ameaçar suspender contratos com as empresas de Musk, o que gerou especulações sobre possíveis prejuízos bilionários em projetos ligados à defesa, transporte e inovação tecnológica. No entanto, a Casa Branca garantiu que nenhum contrato foi revisto ou cancelado.
Musk foi um dos principais aliados de Trump durante a última campanha presidencial e exerceu papel estratégico no início da atual administração. Apesar das recentes tensões, o recuo público indica uma tentativa de retomada do diálogo entre os dois.
Até o momento, nem o presidente nem Musk comentaram diretamente se a relação política será retomada em algum formato. Observadores avaliam que a manutenção dos contratos reflete o peso econômico e tecnológico das empresas do bilionário no atual cenário norte-americano.