O ativista brasiliense Thiago Ávila, de 30 anos, iniciou uma greve de fome a bordo da Global Sumud Flotilla. A embarcação buscava abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza, mas foi interceptada e seus ocupantes foram detidos por Israel na última quarta-feira (1º/10).
A confirmação da greve de fome por Thiago Ávila veio na tarde deste sábado (4/10). Outros brasileiros que também estavam a bordo, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles, aderiram ao mesmo protesto.
De acordo com a coordenação da Flotilha, a greve de fome é uma forma de protesto não violento, utilizada por pessoas que, “privadas de voz ou poder, recorrem ao próprio corpo como instrumento de resistência”.
A organização alega que os ativistas foram “sequestrados pelo governo israelense em águas internacionais, depois presos ilegalmente e colocados em uma prisão isolada no deserto”. Por isso, o corpo seria a “única forma de se manifestarem”.
O protesto dos brasileiros também busca denunciar o cerco que Israel impõe à Gaza, impedindo a chegada de alimentos e ajuda humanitária. A prática, segundo a Flotilha, está “sendo diariamente utilizada [contra palestinos] como arma de guerra”.