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Terapia celular contra câncer, que Padilha quer no SUS, pode custar R$ 3 milhões a um único paciente

by Priscilla Nascimento
10/07/2025
in Notícias
Reading Time: 5 mins read
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Terapia celular contra câncer, que Padilha quer no SUS, pode custar R$ 3 milhões a um único paciente

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o Brasil vai desenvolver terapias celulares para o tratamento de câncer em parceria com os países do Brics. A iniciativa busca criar uma estrutura nacional capaz de produzir esse tipo de tratamento de ponta, que atualmente figura entre os mais modernos — e mais caros — da medicina. A proposta é considerada estratégica para ampliar o acesso da população a tecnologias inovadoras no combate a doenças graves.

Atualmente, o custo de uma única terapia celular pode ultrapassar R$ 3 milhões por paciente, o que limita severamente sua aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a nacionalização parcial do processo, o governo espera reduzir os custos e viabilizar a incorporação gradual da tecnologia na rede pública. Mas ainda existem dúvidas sobre a real abrangência dessas terapias: em quais doenças já são aplicadas com sucesso? E o que precisa ser superado para que elas se tornem uma opção viável para os pacientes do SUS?

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O que é terapia celular?

A essência da terapia celular está no uso de células vivas como agentes terapêuticos. Segundo o hematologista Renato Cunha, pós-doutor pelo National Cancer Institute (EUA), a lógica é semelhante à dos medicamentos convencionais. “Assim como usamos moléculas em comprimidos, podemos usar células como ferramenta terapêutica”, afirma o especialista.

Entre as tecnologias mais avançadas nesse campo, destaca-se a CAR-T cell. Nesse procedimento, células do próprio sistema imunológico do paciente são coletadas e modificadas em laboratório para que aprendam a identificar e combater células cancerígenas. Após essa modificação, elas são reinfundidas no organismo, atuando de forma direcionada contra o tumor.

“É uma forma de imunoterapia personalizada, com produção individual para cada paciente”, afirma Ana Rita Fonseca, coordenadora do Centro de Terapias Avançadas do Hospital Sírio-Libanês.

“Essas células ganham um novo receptor que funciona como uma ‘chave’ para encontrar e destruir células doentes.”

Em que tipos de câncer funciona?

Atualmente, as terapias celulares são autorizadas para tratar um grupo restrito de cânceres hematológicos — aqueles que afetam o sangue, como determinados tipos de leucemia, linfoma e mieloma múltiplo. Esses tipos de tumor geralmente apresentam alvos moleculares mais específicos, o que permite uma atuação mais precisa das células CAR-T no combate às células doentes.

“Já há casos documentados de cura em pacientes que não tinham mais nenhuma opção terapêutica”, diz Jayr Schmidt Filho, líder do Centro de Referência em Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo Cancer Center. “A resposta depende da doença e do estágio, mas as taxas de remissão são impressionantes.”

Quando se trata de tumores sólidos — como os de pulmão, mama, estômago e pâncreas — os avanços com terapias celulares ainda são modestos. Segundo o hematologista Renato Cunha, o desafio está no microambiente desses tumores, que costuma ser mais hostil, fazendo com que as células de defesa morram antes de exercer sua função. Apesar disso, há uma série de pesquisas em curso, inclusive no Brasil, voltadas a superar essas limitações e tornar o tratamento mais eficaz para esse grupo de cânceres.

Como funciona o tratamento?

  • O processo é longo, caro e tecnicamente exigente. Primeiro, as células T são extraídas do sangue do próprio paciente.
  • Depois, vão para o laboratório, onde passam por uma modificação genética — geralmente feita nos EUA ou na Europa.
  • Ali, elas ganham o receptor CAR, projetado para reconhecer um marcador específico do tumor (como o CD-19, presente em certos linfomas).
  • Cerca de duas a três semanas depois, essas células voltam ao Brasil e são reinfundidas no paciente, que antes passa por uma quimioterapia para “abrir espaço” no sistema imunológico.
  • Uma vez de volta ao corpo, as células CAR-T se multiplicam e atacam as células tumorais.

Por se tratar de uma abordagem complexa, a terapia celular pode desencadear efeitos colaterais graves, como inflamação sistêmica — conhecida como síndrome de liberação de citocinas — e alterações neurológicas. Devido a esses riscos, o tratamento é restrito a centros médicos altamente especializados e com infraestrutura adequada para lidar com possíveis complicações.

E quanto custa?

O custo por paciente pode variar entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, considerando todas as etapas do tratamento: desde a coleta das células e modificação genética, passando pelo envio ao exterior, até a internação hospitalar e o acompanhamento médico especializado.

Hoje, o SUS não oferece esse tratamento.

Alguns planos de saúde já oferecem cobertura para terapias celulares aprovadas pela Anvisa, como Tisa-cel, Axi-cel e Cilta-cel. No entanto, há divergências quanto à forma de classificação desses tratamentos — se devem ser considerados medicamentos ou procedimentos. Essa indefinição tem dificultado o reembolso de parte dos custos envolvidos.

“A terapia com CAR-T é individualizada, então o custo sobe muito. Mas parte disso vem também da dependência externa”, diz o oncologista do grupo Oncoclínicas e coordenador do conselho da Americas Health Foundation, Stephen Stefani. “A fala do ministro mostra uma tentativa de nacionalizar pelo menos uma etapa da produção.”

Dá para baratear?

Diversas alternativas estão em estudo para tornar as terapias celulares mais acessíveis. Empresas brasileiras e internacionais estão desenvolvendo versões similares a custos mais baixos, buscando reduzir o valor dos tratamentos. Paralelamente, há discussões sobre a adoção de novos modelos de remuneração, como o pagamento por performance, em que o hospital recebe mais apenas se o paciente apresentar boa resposta ao tratamento, conforme explica Stefani.

Além dessas iniciativas, instituições brasileiras de pesquisa como a Fiocruz e o Instituto Butantan já começaram a desenvolver células CAR-T nacionalmente. Atualmente, alguns pacientes no país participam de estudos clínicos com essas células produzidas localmente, o que representa um avanço importante para a incorporação dessa tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS).

Futuro: cronificar o câncer

Para os especialistas, a terapia celular não representa uma cura milagrosa, mas sinaliza o começo de uma nova era no combate ao câncer. Stefani ressalta que “não esperamos encontrar um remédio que cure todos os tipos de câncer, como a penicilina fez com infecções, mas acreditamos que a doença pode ser transformada em algo crônico”. Ele compara: “Assim como hoje pacientes com HIV conseguem viver bem graças ao tratamento, o mesmo deve se tornar realidade para diversas formas de câncer.”

A iniciativa do ministro de Saúde de integrar o Brasil à cadeia de desenvolvimento dessa tecnologia desperta tanto esperança quanto ceticismo. Para que essa ambição se torne realidade, será fundamental superar um obstáculo crucial que nenhuma terapia celular, por mais avançada que seja, consegue resolver sozinha: o financiamento.

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