Aos 55 anos, Jo Frost — a famosa “Supernanny” que conquistou o público nos anos 2000 com seu trabalho como especialista em comportamento infantil — revelou que convive com uma condição de saúde grave: a anafilaxia. Em uma publicação feita no último sábado (12), em seu perfil no Instagram, a apresentadora britânica desabafou sobre os riscos enfrentados pela doença. “Já sobrevivi a mais choques anafiláticos do que estou preparada para contar em detalhes agora”, escreveu.
A anafilaxia é uma reação alérgica severa, de início rápido, que pode colocar a vida em risco. O diagnóstico é clínico e costuma envolver múltiplos sistemas do corpo, como o respiratório, cardiovascular, cutâneo e gastrointestinal. Reconhecer os sintomas com urgência e iniciar o tratamento imediato são medidas essenciais para evitar complicações fatais.
Entre os principais gatilhos da condição estão alimentos como nozes, crustáceos e centeio. Além disso, substâncias como pólen, pelos de animais, cheiros fortes (como o de etanol) e mudanças climáticas extremas também podem provocar episódios graves em quem vive com o diagnóstico.
O relato de Jo Frost tem comovido seguidores e reacendido o debate sobre a importância de conscientização e preparo para lidar com a anafilaxia. Pessoas com o quadro precisam estar sempre alertas, manter medicações de emergência por perto e informar amigos e familiares sobre como agir diante de uma crise.
Como identificar os sintomas de anafilaxia?
- Dificuldade para respirar ou chiado no peito: a reação anafilática pode desencadear inchaço nas vias aéreas, causando falta de ar, aperto no peito e respiração ruidosa (parecida com asma).
- Inchaço repentino no rosto, lábios, língua ou garganta: esse sintoma é típico e perigoso, pois pode obstruir a passagem de ar e comprometer a respiração.
- Manchas vermelhas e coceira intensa na pele (urticária): a pele pode apresentar placas elevadas, quentes e avermelhadas que surgem rapidamente após o contato com o alérgeno.
- Queda abrupta da pressão arterial (tontura ou desmaio): a pessoa pode sentir fraqueza, confusão ou perder a consciência, especialmente quando a circulação está comprometida.
- Náusea, vômito, diarreia ou dor abdominal: sintomas gastrointestinais também podem estar presentes, principalmente quando a reação é desencadeada por alimentos ou medicamentos.
Jo Frost revelou que, por conta da anafilaxia, vive em estado constante de alerta em relação aos alimentos que consome. Em um vídeo recente, a apresentadora contou que faz parte do grupo de milhões de pessoas que precisam manter hipervigilância sobre a composição dos produtos que ingerem. Ela relata a necessidade de questionar diversas vezes sobre ingredientes e preparos, sempre com receio de uma reação grave.
Durante o desabafo, Jo fez um apelo às empresas do setor alimentício e ao comércio em geral. Ela destacou a importância de um treinamento mais rigoroso para funcionários e da produção de alimentos mais seguros para pessoas com alergias severas. “Peço que melhorem o treinamento de seus funcionários e que as empresas alimentícias, em geral, se empenhem mais na criação de produtos que todos possam desfrutar sem medo de adoecer ou morrer”, afirmou.
Além das precauções com alimentação, Jo explicou que nunca sai de casa sem sua EpiPen — uma injeção de adrenalina usada para conter ou desacelerar reações alérgicas graves. O dispositivo é essencial para quem convive com a anafilaxia, oferecendo uma chance de estabilização enquanto a ajuda médica não chega.
Em casos de reação anafilática, o atendimento deve ser imediato. A orientação é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que está preparado para realizar os primeiros socorros e providenciar o transporte da vítima até uma unidade de emergência. A velocidade na resposta pode ser decisiva para salvar vidas.