Albino dos Santos Lima, conhecido como o “serial killer de Alagoas”, foi condenado nesta quinta-feira (11) a 24 anos, 11 meses e 8 dias de prisão pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva e pelas agressões cometidas contra o filho dela, de apenas quatro anos. O julgamento foi realizado no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió.
A pena foi dividida em 24 anos e seis meses de reclusão pelo crime de feminicídio e cinco meses e oito dias por lesão corporal. Com essa nova condenação, Albino já soma mais de 160 anos de prisão, resultado de seis julgamentos por homicídios consumados e tentativas de homicídio.
Entre as vítimas anteriores estão Tâmara Vanessa dos Santos e os sobreviventes José Gustavo Carvalho e Leidjane Gomes de Freitas. No último julgamento, ocorrido em 31 de outubro, o réu havia sido sentenciado a 27 anos, um mês e 10 dias de prisão.
Durante o júri desta quinta-feira, Albino tentou justificar os assassinatos, afirmando que agia para “eliminar o mal”. Segundo ele, suas vítimas seriam “um câncer da sociedade”. “Essa mulher era traficante de drogas, todos sabem disso. Ela usava o próprio filho como escudo humano… Ele me contou para ceifar esse joio que vivia na sociedade traficando e roubando. A ação, a execução, tudo isso, não era eu”, disse o acusado, referindo-se à vítima e ao filho dela.
O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL), rebateu as declarações do réu e destacou o caráter premeditado dos crimes. “Temos aqui um réu confesso. Ele estudava os hábitos das vítimas, acompanhava pelas redes sociais. No celular dele foram encontrados calendários com as datas dos assassinatos, fotografias dos túmulos e recortes de matérias sobre os crimes”, afirmou o promotor.
Vilas Boas classificou o comportamento de Albino como “psicopático e cruel”, comparando sua trajetória criminal a “um filme de terror que parece não ter fim”.

