O Senado Federal aprovou na noite de quarta-feira (12) a recondução de Paulo Gonet ao cargo de Procurador-Geral da República (PGR). Com 45 votos favoráveis e 26 contrários, o resultado representa a menor margem de aprovação para o cargo desde 1989, quando Aristides Junqueira obteve 47 votos a favor e 3 contrários. Gonet permanecerá à frente da PGR por biênio adicional, com mandato até final de 2027.
Para obter a confirmação no Senado, eram necessários pelo menos 41 votos favoráveis em escrutínio secreto. A votação de Gonet registrou o maior número de votos contrários da história para o cargo, superando o recorde anterior de Geraldo Brindeiro, que em 2001 recebeu 18 votos negativos em processo de recondução.
O atual procurador-geral perdeu 20 votos em comparação com sua primeira aprovação em 2023, quando obteve 65 votos favoráveis e 11 contrários. A votação mais expressiva para o cargo ocorreu em 2017, quando Raquel Dodge foi confirmada com 74 votos a favor e apenas 1 contra, sob indicação do então presidente Michel Temer.
Apesar do amplo apoio recebido em 2017, Dodge não foi reconduzida ao final do mandato. O ex-presidente Jair Bolsonaro optou por indicar Augusto Aras, que obteve a segunda maior aprovação desde a redemocratização, com 68 votos favoráveis e 10 contrários.

