Seis pessoas morreram e outras dez ficaram feridas durante um tiroteio em um ônibus na região de Jerusalém nesta segunda-feira (8). Seis dos feridos estão em estado grave, de acordo com o governo e serviços de emergência de Israel.
Segundo a agência Associated Press (AP), dois homens armados invadiram um ônibus e abriram fogo. Em comunicado, a polícia de Israel afirmou que os suspeitos foram “neutralizados”.
“Este é o mal que Israel enfrenta. Dois terroristas abriram fogo contra um ônibus em Jerusalém — mirando passageiros, transeuntes, qualquer pessoa ao alcance (…) A guerra que Israel trava é por todos que se levantam contra o terror”, publicou o governo de Israel em sua conta oficial no X.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, confirmou o número de mortos no ataque. Já a contagem de feridos diverge entre autoridades: a polícia informa 11, o serviço de resgate 12, enquanto o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu aponta mais de 12 pessoas com ferimentos.
Para a AP, o ataque aconteceu em um cruzamento na entrada norte de Jerusalém, em uma estrada que leva a assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia, uma área marcada por tensões devido aos planos de expansão de assentamentos e possível anexação da região, contrariando normas internacionais.
Imagens do ataque mostram dezenas de pessoas correndo para escapar, enquanto vários ônibus aguardavam passageiros em um ponto movimentado no horário de pico. Os sons de tiros são claramente ouvidos nos vídeos.
Até a última atualização desta reportagem, não há informações sobre os autores do ataque ou suas motivações. O grupo Hamas, em conflito com Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, elogiou a ação de dois “combatentes da resistência palestina”, mas não reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
Segundo o serviço de ambulâncias israelense, morreram cinco pessoas: um homem de 50 anos, uma mulher na faixa dos 50 e três homens na casa dos 30. Após o ataque ser controlado, o premiê Netanyahu esteve no local e reforçou que o Hamas será destruído, anunciando ações mais severas na região.
“Estamos agora perseguindo e cercando as aldeias de onde vieram os terroristas, e vamos caçar todos aqueles que os ajudaram e aqueles que os enviaram. (…) Quero afirmar o mais claramente possível: esses assassinatos e ataques, em todas as frentes, não nos enfraquecem. Eles apenas fortalecem nossa determinação de cumprir as missões que estabelecemos para nós mesmos, em Gaza, na Judeia e Samaria (nome bíblico para a Cisjordânia), em todos os lugares”, afirmou Netanyahu.
Em nota, o Exército de Israel informou que tropas foram deslocadas para o local do ataque e que, em conjunto com a polícia, continuam a procurar outros suspeitos envolvidos.








 
			 
			




