Beber durante a gravidez pode causar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), uma condição grave, mas completamente evitável. A prevenção é simples: basta não consumir álcool enquanto a gestação estiver em curso. Apesar de algumas pessoas acreditarem que pequenas doses não fazem mal, qualquer ingestão de bebida alcoólica representa risco para o desenvolvimento do feto.
Segundo a obstetra Bruna Pitaluga, é fundamental falar sobre a SAF, principalmente porque quase metade das gestações não são planejadas. “Muitas mulheres só descobrem que estão grávidas após três meses de gestação. Além disso, estudos recentes apontam um aumento do consumo de álcool entre mulheres nas últimas décadas”, explica a médica.
A Síndrome Alcoólica Fetal se manifesta por meio de alterações físicas, comportamentais e cognitivas no bebê. Isso ocorre porque o álcool atravessa a placenta e pode prejudicar o desenvolvimento geral do feto, causando problemas que muitas vezes são irreversíveis, alerta o Dr. Mauro Macedo, da Academia Brasileira de Odontologia (ABO).
O consumo de álcool é especialmente perigoso no primeiro trimestre da gravidez, período crítico para a formação dos órgãos e do cérebro do bebê. Conforme a ginecologista e obstetra Dra. Carla Iaconelli, o bebê com SAF pode apresentar dificuldades motoras e cognitivas, além de transtornos emocionais que afetam o convívio social ao longo da vida.
Não há uma quantidade segura de álcool durante a gestação. Mesmo pequenas doses podem levar à SAF, aumentar o risco de aborto ou nascimento prematuro e provocar anomalias no feto. Por isso, especialistas reforçam que a abstinência total de bebidas alcoólicas é a forma mais eficaz de proteger a saúde do bebê.

