O ator norte-americano Jim Caviezel foi escolhido para interpretar o ex-presidente Jair Bolsonaro no filme Dark Horse, produção que apresenta Bolsonaro como herói e tem roteiro assinado por Mário Frias. As gravações ocorrerão no Brasil, com continuidade prevista nos Estados Unidos e no México, sob um esquema de sigilo rigoroso, reunindo um elenco internacional e contando com o apoio declarado de Donald Trump.
Conhecido pelo nome completo James Patrick Caviezel, o ator ganhou destaque em papéis associados a produções de forte apelo cristão e conservador. Entre seus trabalhos mais notáveis estão A Paixão de Cristo (2004), dirigido por Mel Gibson, Som da Liberdade (2023) e a série Person of Interest (2011–2016). Ele também atuou em filmes como O Conde de Monte Cristo (2002), Déjà Vu (2006) e Linhas Cruzadas (2001).
Nos últimos anos, Caviezel tornou-se figura recorrente em eventos e palestras em que expõe teorias conspiratórias. Em conferências como a Health and Freedom Conference, em Tulsa, e a Patriot Roundup, ele divulgou narrativas que afirmam a existência de uma elite global envolvida no sequestro de crianças e extração de adrenocromo, tema frequentemente associado ao movimento QAnon.
Em seus discursos, o ator alegou que “milhões de crianças desaparecem por ano”, chegando a citar números como “5 milhões de crianças por ano”, sem apresentar referências verificáveis. Ele também afirmou que uma “cabala satânica” controla governos, corporações e instituições financeiras e midiáticas ao redor do mundo.
Além disso, Caviezel classificou vacinas contra a Covid-19 como “terapia genética” e afirmou que fariam parte de um plano de despovoamento. Em outros pronunciamentos, associou imigração, aborto e debates de gênero a uma suposta tentativa organizada de destruir a chamada “civilização cristã ocidental”.

