A Bolívia vive um novo capítulo político. O senador Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (centro-direita), foi eleito presidente neste domingo (19/10), na primeira votação de segundo turno da história do país. Com 54,5% dos votos, Paz superou o ex-presidente Jorge Quiroga, candidato da direita, quando 91,2% das urnas já haviam sido apuradas.
A eleição foi marcada por um clima de insatisfação popular e crise econômica, com escassez de combustíveis, inflação alta e promessas de mudança. O resultado representa o fim de duas décadas de governos de esquerda e o início de uma nova fase política no país andino, que busca estabilidade após anos de turbulência.
Durante o pleito, o ex-presidente Evo Morales, que governou por três mandatos consecutivos, apareceu para votar, mas anulou seu voto. Impedido de concorrer por decisão judicial e alvo de um mandado de prisão, Morales declarou ter ido às urnas “por obrigação”, demonstrando distanciamento e descontentamento com o cenário político atual.
O então presidente Luis Arce, herdeiro político de Morales, abandonou a disputa pela reeleição diante do agravamento da crise.