Ao longo dos anos, os espaços de decisão política têm sido majoritariamente ocupados por homens, mas, na cidade de Senador Rui Palmeira, sertão de Alagoas, do legislativo ao executivo municipal, o município ganha destaque pela grande força feminina na política municipal. São quase 90 anos, desde 1932, que as mulheres garantiram o direito e a participação feminina no debate político. Desde então leis foram criadas para garantir a igualdade de gênero na política.
Encabeçada pela prefeita reeleita Jeane Moura, que no último dia 1 de janeiro foi empossada para o seu segundo mandato, a câmara legislativa será composta por mais quatro mulheres: vereadoras Genilda Ferreira, Selma Enfermeira, Liliane Malta e Célia Ferreira, reeleita para seu segundo mandato consecutivo. As 4 vereadoras fazem parte do Movimento Democrático Brasileiro — MDB, que compõem a base do atual governo.
Pela primeira vez na sua história, desde 2016, o Município de Senador Rui Palmeira é governado por uma mulher, e este ano ganhou ainda mais força com a formação da câmara municipal que terá uma mulher como presidente. Mas a trajetória de Jeane Moura à frente da gestão de sua cidade iniciou-se bem antes. Desde 2005, quando o seu pai, o então prefeito Siloé Moura, assumiu o município como prefeito, Jeane esteve ao seu lado como seu braço direito ganhando o respeito e admiração da população ruipalmeirense que logo viram o seu nome com uma forte representatividade para estar à frente do município.
A força da mulher na política está cada vez mais evidente. Cerca de 74% das cidades onde as mulheres são a maioria nas Câmaras Municipais estão localizadas na região Nordeste. Isso mostra a força e o crescimento feminino nos cargos mais importantes, sejam eles na esfera pública ou privada. Mas a realidade no país ainda não é a mesma e requer, ainda, muito esforço e luta para a igualdade dos gêneros na política.
A população da cidade de Senador Rui Palmeira dá exemplo e mostra o quanto a mulher é capaz de estar e chegar onde ela quiser. Mostra que ações são mais importantes que o gênero. Que o fato de ser homem ou ser mulher não torna nenhum ser humano mais ou menos capaz que outros.