Nos bastidores políticos de Brasília, o nome do atual ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), ressurge como opção estratégica para compor a possível chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. A informação foi revelada pelo jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder, nesta quinta-feira (26).
A ideia de oferecer a vaga de vice ao MDB voltou à mesa como parte de uma articulação que busca selar uma aliança formal entre os dois partidos. Embora ainda não exista uma proposta concreta por parte do Planalto, o movimento é interpretado como um gesto para manter o MDB na base governista — uma sigla que já desempenhou papéis decisivos em pleitos anteriores.
Renan Filho, ex-governador de Alagoas, vem sendo apontado como o nome mais consistente dentro da legenda para ocupar esse espaço. Sua atuação à frente do Ministério dos Transportes tem ampliado sua projeção nacional, e fontes próximas ao partido reconhecem que ele tem ambições de alcançar voos mais altos na política brasileira.
Apesar da movimentação, o cenário não é unânime dentro do MDB. Setores da sigla demonstram resistência à aproximação com o governo Lula, sobretudo diante da recente queda na popularidade presidencial. Essa divisão interna pode dificultar um consenso em torno da aliança.
Além disso, Renan Filho também estaria considerando a possibilidade de voltar a disputar o governo de Alagoas em 2026, o que representaria sua terceira candidatura ao Executivo estadual. A decisão pode estar ligada ao projeto político de seu pai, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que almeja a reeleição para seu quinto mandato no Senado.
Confira a nota publicada por Cláudio Humberto, na íntegra:
“O presidente Lula autorizou que emissários procurem caciques do MDB para tentar segurar o partido na base de apoio, em 2026. Isso divide e desagrada o PT, que ainda hoje culpa o ex-presidente Michel Temer pelo impeachment de Dilma, em 2016. As conversas acontecem com discrição e têm alvos definidos, como os clãs Calheiros, em Alagoas, e Barbalho, no Pará. Desidratada politicamente, hostilizada até em seu Estado, a ministra Simone Tebet (Planejamento) tenta abiscoitar a vaga.”
Enquanto isso, o MDB segue costurando estratégias. A disputa interna por espaço e protagonismo dentro do governo Lula promete ser um dos focos principais das negociações políticas que devem esquentar nos próximos meses.