No meio jurídico há um consenso: não existe ilegalidade na ata do MDB que escolheu Luciano Barbosa como candidato a prefeito de Arapiraca. Os juristas são claros ao assegurar que só uma aberração jurídica e a pressão política de bastidores podem afastar Barbosa das urnas. Os desembargadores eleitorais sabem disso e acreditam que Luciano Barbosa chegará no dia 15 apto para o pleito.
O cenário político de 2020 mostra que o governador de primeiro mandato, Renan Filho (MDB), deveria ter ouvido Collor, em 2018, e colocado como vice-governador na sua chapa à reeleição o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias. O conselho de Collor foi de graça e não houve pedido de nada em troca. Era apenas a experiência de quem já enfrentou as maiores turbulências na vida pública.
A intervenção política de Renan Filho e Renan Calheiros nos destinos da cidade de Arapiraca terá um preço político alto. A população já demonstra nas redes sociais que não aceitará a autocracia Calheirista. Com mandato recém-renovado no Senado e dois anos de governo, os Calheiros se negam a aceitar o óbvio: os arapiraquenses vão eleger Luciano Barbosa e não vão esquecer de 2020. Se Collor pudesse dar um conselho a Renan Filho e ao senador, qual seria?