O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta semana que não vê possibilidade de a proposta de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ser pautada no Senado Federal. O afastamento do magistrado tem sido defendido por senadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente após julgamentos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
De acordo com informações veiculadas por órgãos da imprensa nacional, ao menos 34 senadores já teriam se posicionado favoravelmente à abertura do processo — número ainda inferior aos 41 votos necessários para dar prosseguimento ao pedido.
Renan, que já presidiu o Congresso Nacional e possui forte influência nas articulações políticas do Senado, avaliou que Moraes tem exercido papel importante no julgamento da ação penal sobre os ataques às instituições. Segundo o parlamentar, as investigações conduzidas pelo ministro se referem a fatos que classificou como uma tentativa de golpe de Estado, e por isso não vislumbra respaldo para o avanço da proposta.
A presidência do Senado, atualmente ocupada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é responsável por avaliar a admissibilidade de pedidos de impeachment contra ministros do STF. Até o momento, não há sinalização oficial de que o tema será levado à pauta.