Uma sessão de quiropraxia para aliviar dores nas costas resultou em um incidente grave para a norte-americana Carissa Klundtm, de 41 anos, em dezembro de 2022. Um ajuste no pescoço realizado pelo quiropraxista rompeu uma artéria vertebral, uma condição que a deixou em estado crítico e com sequelas.
Carissa havia procurado tratamento quiroprático devido a dores persistentes nas costas e no peito, que surgiram após uma cirurgia para retirada de implantes mamários. A prática foi indicada por um amigo como forma de alívio.
O incidente e os primeiros sintomas
A vida de Carissa Klundtm virou de cabeça para baixo após a quarta sessão de quiropraxia. Em dezembro de 2022, um quiropraxista substituto realizou uma manobra no pescoço dela. Imediatamente, Carissa sentiu uma dor aguda e soube que algo não estava certo. “Você ouve um estalo quando faz um ajuste na coluna, mas eu sabia que algo tinha dado errado”, revelou ao Daily Mail.
Ignorando a dor e a náusea, Carissa tentou levar uma vida normal. A educadora física deu aulas e manteve sua rotina, mas os sintomas se intensificaram nas semanas seguintes. Ela começou a desmaiar e a ter alterações visuais alarmantes.
Preocupado, Cassidy, marido de Carissa, a levou às pressas ao hospital. Uma tomografia computadorizada revelou o diagnóstico: dissecção da artéria vertebral (DAV). Esta é uma condição rara e grave onde a parede da artéria no pescoço se rompe, um evento que pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).
Os sinais da DAV incluem dor de cabeça e pescoço, vertigem, fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para engolir e problemas na fala. Diante da gravidade do quadro, Carissa foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde os médicos monitoraram de perto o risco de um AVC. Durante a recuperação, ela também enfrentou afasia, uma condição que causa dificuldades na comunicação devido à redução do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Sequelas e alerta à população
Mesmo após receber alta, Carissa ainda lida com dores intensas, cansaço extremo e mobilidade reduzida. As sequelas da condição vertebral a impedem de praticar esportes de impacto e de ministrar aulas que exijam atividade física intensa, impactando profundamente sua rotina e paixões.
Agora, Carissa dedica-se a alertar outras pessoas sobre os perigos de certas práticas de medicina alternativa. “Minha vida realmente parou. Me arrependo profundamente de ter ido ao quiroprático. Não se trata de culpar ninguém, mas, sim, de conscientizar mais pessoas. Quero que entendam quais são os sintomas e que essa é uma condição que traz riscos de vida. Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer comigo. Eu era saudável, ativa e profundamente em sintonia com meu corpo”, desabafou Carissa, em um depoimento que busca evitar que outros passem pelo mesmo calvário.