A declaração foi feita durante visita oficial a Dushanbe, capital do Tajiquistão, onde o líder russo se reuniu com o presidente Emomali Rahmon para tratar do fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países.
As críticas de Putin ocorreram no mesmo dia em que a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi anunciada como vencedora do Nobel da Paz de 2025.
“Houve casos em que o Comitê Nobel concedeu o prêmio a pessoas que nada fizeram pela paz. O prestígio do prêmio se perdeu em grande parte”, declarou o presidente russo.
Durante o encontro, Putin também mencionou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiando seus “esforços sinceros” para encerrar o conflito na Ucrânia. Ele afirmou que Trump “tem um entendimento geral” sobre como alcançar uma solução pacífica e destacou conversas recentes entre ambos no Alasca.
“Talvez ainda possamos fazer muito mais com base nas discussões em Anchorage. Ele realmente está tentando resolver situações internacionais difíceis”, disse Putin.
Trump, que chegou a ser cotado para o Nobel, afirmou em diversas ocasiões que merecia o prêmio por seus esforços para pôr fim a guerras no Oriente Médio e em outras regiões. Após o anúncio da derrota, o diretor de Comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, criticou o Comitê Norueguês do Nobel, alegando que a instituição “priorizou a política acima da paz”.
María Corina Machado vence o Nobel da Paz
O Comitê Norueguês do Nobel justificou a escolha de María Corina Machado pelo “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta pacífica pela transição da ditadura para a democracia”.
Após o anúncio, Machado afirmou estar em “choque” com a notícia e disse que ainda não acreditava na conquista. A líder opositora está impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024 e vive escondida desde que o governo venezuelano iniciou uma série de perseguições políticas.
