Gustavo, uma criança de 1 ano e 8 meses, conseguiu se recuperar de uma pneumonia bacteriana severa graças a um procedimento com ECMO, um sistema avançado que atua como um pulmão artificial.
O menino foi encaminhado de Macaé, cidade no interior do estado, para uma unidade hospitalar privada no Rio de Janeiro, onde permaneceu por duas semanas utilizando o dispositivo.
O bebê apresentou inicialmente sintomas leves semelhantes aos de uma gripe comum em maio, mas seu quadro se agravou rapidamente, desenvolvendo uma pneumonia necrotizante que afetou o pulmão esquerdo e causou infecção generalizada. Diante da gravidade, foi necessário intubá-lo e transferi-lo com urgência para um hospital na capital.
Para salvar sua vida, foi utilizado o ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), um equipamento que retira o sangue do paciente, oxigena fora do corpo e o retorna ao organismo, funcionando como um pulmão artificial.

Antes de ser transferido, Gustavo recebeu os primeiros cuidados no hospital de Macaé, onde iniciou o suporte da máquina. Durante esse período, os profissionais da unidade hospitalar da capital orientaram a equipe local por meio de videoconferência até que a transferência fosse finalizada.
De acordo com informações do Hospital Copa D’Or, Gustavo foi o paciente mais jovem entre nove crianças que já utilizaram esse equipamento na instituição.
A intervenção é recomendada para situações graves de falência pulmonar ou cardíaca e demanda uma equipe médica com alto nível de especialização.
Depois de passar mais de duas semanas utilizando o suporte de ECMO e permanecer internado por mais de dois meses, o bebê recebeu alta, mas ainda enfrenta desafios no processo de recuperação. O longo período de imobilização resultou em perda de massa muscular e comprometimento parcial dos seus movimentos.
Atualmente, ele segue em tratamento com uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, neurologistas e pediatras, focada na recuperação física e respiratória.
Apesar de ser uma técnica vital para salvar pacientes em estado crítico, a ECMO ainda não é oferecida regularmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, não há pedidos recentes para a adoção dessa tecnologia, devido ao seu alto custo e aplicação limitada.
Para os pais de Gustavo, o tratamento foi decisivo para salvar o filho e deveria estar mais acessível. Eles agora celebram o recomeço da vida do menino, que se recupera em casa, em Macaé.








 
			 
			




