Filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) irão às urnas neste domingo, 6, para escolher seus representantes nos diretórios nacional, estaduais e municipais. O Processo de Eleições Diretas (PED) deve mobilizar cerca de 1,3 milhão de filiados em todo o Brasil, que votarão para definir os rumos da legenda nos próximos quatro anos.
A eleição ocorre em meio a uma disputa marcada por diferentes correntes internas e pela diversidade de candidaturas. Quatro nomes concorrem ao comando nacional do partido: Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e apontado como favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; Rui Falcão, deputado federal e ex-presidente do PT entre 2011 e 2017; Valter Pomar, historiador e militante histórico do partido; e Romênio Pereira, sindicalista e um dos fundadores da sigla.
O eleito substituirá Gleisi Hoffmann, que está à frente da presidência nacional desde 2017 e não disputa um novo mandato.
Definição em duas etapas
O pleito deste domingo pode ser decidido em primeiro turno, caso um dos candidatos alcance mais de 50% dos votos válidos. Caso contrário, haverá segundo turno no dia 20 de julho.
Segundo o diretório nacional, quase três milhões de filiados estão aptos a votar, incluindo brasileiros que vivem no exterior. A votação será feita por meio de cédulas de papel, com apuração manual. A previsão é que uma prévia dos resultados esteja disponível ainda na noite de domingo, mas o resultado final só deve ser consolidado na manhã da segunda-feira.
Desafios
O novo presidente nacional do PT terá a missão de conduzir o partido nas eleições de 2026, consideradas estratégicas e complexas pela direção nacional. Internamente, o pleito é visto como decisivo para a sustentação do governo Lula, a renovação de lideranças e o fortalecimento da base partidária.
Os candidatos defendem, de maneira unânime, o foco na campanha pela reeleição de Lula. Além disso, há discussões sobre a necessidade de reaproximação com as bases e de preparação da legenda para um futuro em que o partido precise atuar sem a liderança central de Lula.