O deputado Rui Falcão (PT) protocolou no STF, nesta segunda-feira (8/9), um pedido para que Tarcísio de Freitas seja investigado por suposto crime de coação no curso do processo, incitação ao crime e abolição violenta do Estado Democrático de Direito após dizer, em discurso na Avenida Paulista, que Alexandre de Moraes age com “tirania”.
A representação foi endereçada ao gabinete do próprio ministro Moraes e tem o aval de Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados.
No documento obtido pela coluna Paulo Cappelli, Rui Falcão pede abertura de inquérito contra Tarcísio, bem como imposição de medidas cautelares “para assegurar a ordem pública e a regularidade do processo”.
O parlamentar solicita, ainda, análise do caso pela Procuradoria-Geral da República e comunicação à Assembleia Legislativa de São Paulo sobre possível crime de responsabilidade do governador.
Na representação enviada pelo deputado do PT ao gabinete de Alexandre de Moraes, Rui Falcão argumenta que a fala de Tarcísio “configura ato antidemocrático”. Diz o texto:
“No dia 7 de setembro de 2025, durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP) proferiu discurso no qual ultrapassou qualquer limite de expressão ou crítica política, dirigindo-se de forma direta e hostil ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal relativa à trama golpista de 8 de janeiro de 2023.
Em sua fala, Tarcísio declarou: “Nós não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer”, em clara referência ao Ministro Alexandre de Moraes.
Em outro trecho, acompanhando gritos da plateia de “Fora Moraes”, afirmou: “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Moraes”.
Fonte: Metrópoles













