A federação Brasil da Esperança, que inclui o PT, PV e Rede, anunciou nesta terça-feira (26) sua saída do maior bloco da Câmara dos Deputados, liderado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), conhecido como “blocão”.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), explicou a decisão em entrevista, afirmando que o bloco “tira poder regimental” do governo em atividades legislativas, como a composição de comissões. “Esse bloco foi montado na época da eleição do presidente da Câmara, só que agora esse bloco tira poder regimental nosso”, declarou. A federação quer ter uma postura mais livre, mas mantendo a colaboração em pontos importantes.
O bloco, criado em fevereiro para a eleição de Motta, reunia partidos de todo o espectro político, do PL ao PT.
A saída do governo do grupo ocorreu poucos dias depois de uma derrota significativa na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Na instalação da CPMI, a oposição e o Centrão se uniram para eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência, em vez de Omar Aziz (MDB-AM), candidato do governo. O oposicionista Alfredo Gaspar (União-AL) foi escolhido como relator. Essa vitória da ala de direita foi resultado de uma estratégia combinada em um jantar, onde parlamentares aproveitaram a ausência de membros da base governista para substituí-los por suplentes e garantir a eleição de seus candidatos.
