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    Home»ÚLTIMAS NOTÍCIAS»Presidente da COP30 descarta plano B e garante realização do evento em Belém, apesar de pressão internacional
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    Presidente da COP30 descarta plano B e garante realização do evento em Belém, apesar de pressão internacional

    2025-08-01T16:33:00-03:000000000031202508

    André Corrêa do Lago afirma que Brasil trabalha para garantir participação de todos os países e critica preços abusivos de hospedagem: “Queremos uma COP inclusiva”

    O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o Brasil mantém Belém como sede da conferência climática da ONU marcada para novembro de 2025 e descarta qualquer plano alternativo, apesar das pressões de delegações internacionais diante do alto custo de hospedagem na capital paraense.

    Durante coletiva virtual com jornalistas, que marcou os 100 dias da contagem regressiva para o evento, Corrêa do Lago reconheceu a insatisfação de diversos países, especialmente das nações menos desenvolvidas, diante da explosão nos preços de diárias em hotéis e plataformas de aluguel por temporada como Airbnb e Booking.

    “Mais de dois terços dos países da ONU são consideravelmente mais pobres que o Brasil”, disse. “Eles esperam vir para um país em desenvolvimento e encontrar uma maneira de poder estar presentes com os preços que podem pagar.”

    O embaixador revelou que pelo menos três grupos regionais solicitaram formalmente a mudança da COP30 para outra cidade. Segundo ele, o problema não está na infraestrutura hoteleira de Belém, mas nos valores cobrados, que chegam a ser 10 ou até 15 vezes superiores aos praticados normalmente.

    “Há uma sensação de revolta. Países em desenvolvimento estão dizendo que não poderão vir à COP por causa dos preços extorsivos que estão sendo cobrados”, declarou. “Achamos centenas de quartos entre 50 e 70 dólares, mas nas datas da COP esses valores disparam.”

    Pressão internacional

    A crise de hospedagem motivou uma reunião de emergência do COP Bureau, órgão da ONU responsável pela organização do evento, na última terça-feira (30), quando o Brasil se comprometeu a apresentar um relatório com soluções até 11 de agosto. Entre os países mais afetados estão os integrantes do grupo africano, pequenas ilhas e nações de menor desenvolvimento relativo (LDCs).

    Richard Muyungi, negociador-chefe do grupo africano, afirmou à agência Reuters que a intenção é manter a delegação completa: “Não estamos prontos para reduzir os números. Estamos pressionando o Brasil para fornecer respostas melhores, em vez de nos pedir para limitar nossa delegação.”

    Segundo diplomatas ouvidos pela agência, o custo da hospedagem em Belém chega a US$ 700 por noite por pessoa em alguns casos. Mesmo países ricos, como Holanda e Polônia, disseram que podem ter que cortar suas delegações pela metade, ou até cancelar a participação, em um cenário extremo.

    Medidas em curso

    O governo brasileiro afirma que está mobilizado para resolver a situação. A Secretaria Extraordinária da COP30 anunciou a reserva de 2.500 quartos com tarifas fixas entre US$ 100 e US$ 600. Para os 73 países mais pobres, foram garantidos 15 quartos por delegação, com diárias entre US$ 100 e US$ 200.

    Também foi confirmada a contratação de dois navios de cruzeiro que funcionarão como hotéis flutuantes durante o evento, com 6 mil leitos adicionais. Ainda assim, o valor das hospedagens segue acima do subsídio oferecido pela ONU, que é de US$ 149 por diária.

    “A questão não é a quantidade de hospedagem, é o preço nitidamente acima do que esses países podem pagar”, reforçou Corrêa do Lago. “Estamos oferecendo opções mais acessíveis, mas sabemos que ainda não é suficiente.”

    Ele destacou que, por lei, o governo brasileiro não pode tabelar preços ou impor limites a plataformas privadas, o que torna o diálogo com o setor hoteleiro a principal estratégia. Um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil atua para mitigar o problema.

    Inclusão e legitimidade

    Corrêa do Lago enfatizou que a presença de todas as delegações é essencial para a legitimidade da COP30. “Queremos uma COP inclusiva, com todos os países membros da Convenção do Clima e do Acordo de Paris presentes em Belém. A ausência dos países mais pobres comprometeria a legitimidade da conferência.”

    Ele também defendeu a participação de representantes da sociedade civil, ONGs, cientistas e povos indígenas. “A Rio-92 mostrou a força da participação popular. A COP30 tem que manter esse espírito.”

    A CEO da COP30, Ana Toni, reafirmou o compromisso do governo: “O governo acredita no plano A. E o plano A é Belém.”

    Expectativa

    A COP30 será a primeira conferência climática da ONU realizada na Amazônia e deve reunir cerca de 50 mil participantes, incluindo representantes de mais de 190 países. A expectativa é que chefes de Estado, ministros, diplomatas, organizações internacionais, comunidades indígenas e ativistas ambientais estejam presentes.

    A pouco mais de um ano do evento, a pressão por soluções efetivas se intensifica. O Brasil aposta na diplomacia e no diálogo com o setor privado para garantir que a COP30 ocorra em Belém, e com a presença de todos.

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