O prefeito de Messias, Marcos Silva, anunciou oficialmente o rompimento político com o deputado estadual Antônio Albuquerque e detalhou os motivos em uma live transmitida nas redes sociais. Segundo o gestor, a decisão se deu após pressões para que ele rompesse com a base do governo estadual, incluindo o governador Paulo Dantas, o senador Renan Calheiros e o ministro Renan Filho.
Durante a transmissão, Marcos Silva afirmou que a permanência ao lado do grupo que, segundo ele, tem destinado recursos e promovido investimentos significativos em Messias, foi uma questão de “manter a palavra”. O prefeito destacou que a cidade recebeu mais de R$ 10 milhões em obras de pavimentação, além de outros benefícios, como a construção de ciclovias, creches e aquisição de ônibus escolares.
O estopim para a ruptura teria sido uma reunião em que, de acordo com o prefeito, Albuquerque teria condicionado o apoio político à separação do prefeito dos governistas. “Se você não romper, nós não caminhamos juntos”, teria dito o deputado, de acordo com o gestor.
Outro ponto mencionado foi o posicionamento do vice-prefeito e do presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Santos, que teriam inicialmente concordado com a manutenção da aliança com o governo estadual, mas voltaram atrás durante a reunião. Após o encontro, o prefeito relata que o vice-prefeito passou a divulgar a possibilidade de sua cassação e sucessão.
Marcos Silva também criticou a antecipação da eleição da mesa diretora da Câmara, classificando o ato como irregular e afirmando que uma ação judicial foi ajuizada por quatro vereadores contra o pleito. Ainda durante a live, ele acusou o grupo ligado ao deputado Antônio Albuquerque de enviar “cinco ou seis seguranças armados” à Câmara no dia da eleição, fato que classificou como “grave e preocupante”.
“Parecia que estávamos voltando no tempo. Não se pode usar segurança armada como forma de intimidação dentro de um espaço democrático”, disse.
O deputado Antônio Albuquerque e os demais envolvidos ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as declarações.
O caso tem repercutido entre a população e nos bastidores políticos de Alagoas, especialmente pela gravidade das alegações e o contexto de instabilidade política no município. Não há, até o momento, confirmação sobre a existência de investigação formal sobre o episódio relatado.