Ex-cúpula do INSS no governo Lula é alvo de prisão; PF cumpre 63 mandados de busca
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes bilionárias em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva em diversos estados.
Entre os alvos está o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, preso preventivamente. Indicado politicamente, ele havia sido afastado do cargo e pediu demissão em abril, após a primeira fase da investigação.
Também foram presos André Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios, e Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS — ambos integrantes da antiga cúpula de Stefanutto.
A PF afirma que o grupo integrava o chamado “núcleo político” do esquema, atuando para liberar, de forma irregular, descontos associativos em folha de pagamento. Segundo as investigações, Stefanutto autorizou o desbloqueio em lote desses descontos a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), contrariando parecer técnico da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS.
A defesa de Stefanutto classificou a prisão como ilegal e afirmou que ele sempre colaborou com as autoridades.
Mesmo após as primeiras denúncias, André Felix teria assinado pelo menos sete novos termos de cooperação com entidades associativas em 2024. Segundo a PF, ele também compareceu a uma festa organizada por uma dessas entidades investigadas.
Já Virgílio Oliveira Filho teria ratificado um parecer que liberou, de forma ampla, os descontos solicitados pela Contag, alegando baixa complexidade jurídica do caso. As investigações apontam ainda que sua companheira e a empresa dela receberam valores milionários de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso na fase anterior da operação.
Além da antiga cúpula do INSS, a PF cumpriu mandados contra o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, que chefiou a pasta no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi alvo de busca e apreensão e deverá usar tornozeleira eletrônica.
Os deputados Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e Edson Araújo (PSB-MA) também foram alvos de mandados de busca. Pettersen negou qualquer envolvimento com o INSS ou com entidades investigadas. Já na residência de Araújo, os agentes encontraram maços de dinheiro em espécie guardados em um cofre. A origem dos valores será apurada, e o parlamentar ainda não se pronunciou.
Na fase anterior da operação, a PF havia focado o “núcleo financeiro” do esquema, que levou à prisão de “Careca do INSS” e do empresário Maurício Camisotti.
A Operação Sem Desconto segue em curso e investiga um esquema que teria movimentado valores bilionários por meio de fraudes em benefícios previdenciários e descontos indevidos em contracheques de aposentados e pensionistas. mira “núcleo político” em nova fase de operação contra fraudes no INSS
Ex-cúpula do INSS no governo Lula é alvo de prisão; PF cumpre 63 mandados de busca
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes bilionárias em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva em diversos estados.
Entre os alvos está o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, preso preventivamente. Indicado politicamente, ele havia sido afastado do cargo e pediu demissão em abril, após a primeira fase da investigação.
Também foram presos André Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios, e Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS — ambos integrantes da antiga cúpula de Stefanutto.
A PF afirma que o grupo integrava o chamado “núcleo político” do esquema, atuando para liberar, de forma irregular, descontos associativos em folha de pagamento. Segundo as investigações, Stefanutto autorizou o desbloqueio em lote desses descontos a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), contrariando parecer técnico da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS.
A defesa de Stefanutto classificou a prisão como ilegal e afirmou que ele sempre colaborou com as autoridades.
Mesmo após as primeiras denúncias, André Felix teria assinado pelo menos sete novos termos de cooperação com entidades associativas em 2024. Segundo a PF, ele também compareceu a uma festa organizada por uma dessas entidades investigadas.
Já Virgílio Oliveira Filho teria ratificado um parecer que liberou, de forma ampla, os descontos solicitados pela Contag, alegando baixa complexidade jurídica do caso. As investigações apontam ainda que sua companheira e a empresa dela receberam valores milionários de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso na fase anterior da operação.
Além da antiga cúpula do INSS, a PF cumpriu mandados contra o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, que chefiou a pasta no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi alvo de busca e apreensão e deverá usar tornozeleira eletrônica.
Os deputados Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e Edson Araújo (PSB-MA) também foram alvos de mandados de busca. Pettersen negou qualquer envolvimento com o INSS ou com entidades investigadas. Já na residência de Araújo, os agentes encontraram maços de dinheiro em espécie guardados em um cofre. A origem dos valores será apurada, e o parlamentar ainda não se pronunciou.
Na fase anterior da operação, a PF havia focado o “núcleo financeiro” do esquema, que levou à prisão de “Careca do INSS” e do empresário Maurício Camisotti.
A Operação Sem Desconto segue em curso e investiga um esquema que teria movimentado valores bilionários por meio de fraudes em benefícios previdenciários e descontos indevidos em contracheques de aposentados e pensionistas.

