Um equipamento para derrubar drones foi visto na parte externa da sede da Polícia Federal em Brasília no último sábado (22), poucas horas após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A arma antidrone foi fotografada por um jornalista no momento em que um agente o retirava de uma viatura da PF. A corporação mantém protocolos de segurança aérea similares aos usados em grandes eventos e operações de alto risco.
Conhecido como DroneGun Tactical, este tipo de equipamento já havia sido usado pela PF durante a posse do presidente Lula, em janeiro de 2023, quando um drone que sobrevoava uma área proibida foi neutralizado.
Recentemente, a tecnologia foi empregada durante a COP30 em Belém, onde foi montado um sistema completo de defesa aérea coordenado pelo Centro Integrado de Controle de Aeronaves Remotamente Pilotadas e Contramedidas (CIC-ARP/CM), que contou com a participação do Exército, Marinha, Força Aérea e polícias estaduais.
Na conferência, a PF usou equipamentos capazes de detectar drones a 10 km de distância e neutralizá-los quando se aproximavam a 2 km de locais sensíveis.
O equipamento visto em Brasília funciona da mesma forma: rastreia drones por frequência e ondas de rádio, intercepta o sinal de comando e assume o controle do aparelho. Dependendo da situação, o operador pode forçar o pouso imediato ou fazer o drone voltar ao ponto de partida, o que ajuda a identificar quem o está pilotando.
A PF também utiliza jammers, aparelhos menores que bloqueiam sinais remotos e GPS. Embora tenham alcance mais curto, são úteis para impedir sobrevoos em áreas restritas – tecnologia já usada em presídios de São Paulo para evitar que celulares e drogas sejam lançados sobre os muros.

