O senador Cleitinho (Republicanos-MG) avaliou como “imprudente” uma eventual candidatura presidencial de Eduardo Bolsonaro (PL) enquanto o deputado permanecer nos Estados Unidos, em declarações à imprensa nesta quarta-feira (22).
O parlamentar mineiro defendeu que uma campanha presidencial demanda presença física no Brasil. Em conversa com jornalistas, Cleitinho afirmou: “Não acho prudente o Eduardo ser candidato, até porque não estará no Brasil. Ele perderia contra Lula. O candidato tem que estar aqui para poder fazer campanha”.
Sobre outros membros da família Bolsonaro, o senador mencionou Michelle Bolsonaro como “bom nome” para o Senado Federal, argumentando que “se vier ao Senado, está eleita, seja pelo Distrito Federal ou por outro estado”. Cleitinho defendeu que ela poderia fortalecer uma chapa presidencial como candidata a vice-presidente, ao lado de nomes como Tarcísio de Freitas ou Ratinho Júnior, classificando essa possível composição como “chapa fortíssima”.
Sobre Flávio Bolsonaro, a avaliação foi mais concisa: “O Flávio é muito preparado. É extremamente preparado”.
O senador reagiu às críticas recebidas de setores bolsonaristas, afirmando manter “gratidão” a Jair Bolsonaro e que “sempre defendeu a honra do Bolsonaro e da família dele aqui no Senado”. Comprometeu-se a apoiar proposta de anistia caso o tema seja votado na Casa, declarando: “Votarei a favor da anistia caso o texto venha para o Senado”.
As declarações geraram reações negativas de influenciadores de direita e do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG), que em discurso na Assembleia Legislativa mineira acusou o senador de “virar as costas para Bolsonaro agora que ele está preso”, acrescentando: “Muita gente que foi para rua pedir voto dizendo que era bolsonarista virou as costas para Bolsonaro agora que ele está preso. Olhe o senador Cleitinho”.