O Ministério Público de Alagoas (MPAL) requereu, com urgência, a abertura de Inquérito Policial para apurar possíveis irregularidades atribuídas aos sócios da Incorporadora Alamedas Ltda., diante de denúncias que indicam um suposto prejuízo superior a R$ 50 milhões. As alegações, se confirmadas, podem caracterizar o crime de estelionato.
O pedido foi encaminhado por ofício ao delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, e ao delegado da 4ª Delegacia Regional de Arapiraca, Edberg Sobral, após relatos chegarem à 1ª Promotoria de Justiça do município.
Conforme a assessoria de Comunicação do MPAL, as acusações envolvem pai e filho conhecidos localmente por atuarem no setor da construção civil. Segundo denunciantes, eles teriam agido de má-fé ao comercializar um mesmo imóvel para até quatro compradores distintos, causando danos financeiros e impactos psicológicos aos afetados.
O promotor de Justiça Thiago Chacon detalha a medida adotada em defesa dos direitos dos cidadãos:
“Instauramos hoje um procedimento na 1ª Procuradoria de Justiça de Arapiraca para defender os direitos das pessoas que sentem lesadas. Algumas nos procuraram e afirmaram que os sócios administradores da mencionada empresa são responsáveis pela realização de negócios fraudulentos, ludibriando os consumidores e que uma das práticas mais recorrentes é a de vender o mesmo imóvel para três ou até mesmo quatro clientes. Além disso, os investigados, em tese, estavam recebendo dinheiro como cotas para investimentos em projetos imobiliários, sem a devolução dos valores no prazo e condições ajustadas com os investidores. Então, na tentativa de esclarecer os fatos, bem como por precaução, determinamos a abertura da investigação”, destaca Thiago Chacon.
Ao delegado-geral da PCAL, o promotor solicitou a designação de comissão especial para conduzir as investigações, considerando o número de vítimas, a complexidade das transações e a expressiva dimensão do prejuízo financeiro.
Ao delegado Regional, foi requerida a instauração imediata do inquérito e a adoção de medidas cautelares necessárias para verificar a materialidade e autoria dos fatos.
Ademais, foi solicitado que, diante de indícios de risco de fuga dos investigados e possível ocultação ou dissipação de patrimônio, o inquérito seja conduzido com caráter de urgência, com apoio da Delegacia-Geral e de outras unidades especializadas.

