O padre Márlon Múcio, de 51 anos, de Taubaté (SP), está internado há 15 dias na UTI de um hospital em São José dos Campos. Ele enfrenta uma rara condição de saúde, a Deficiência do Transportador de Riboflavina (DTR), uma doença que afeta apenas uma em cada um milhão de pessoas.
Por causa da DTR, o padre precisa tomar 281 comprimidos diariamente. Em suas redes sociais, ele descreveu a doença como “neurodegenerativa, incurável aos olhos da ciência, progressiva e potencialmente fatal”.
O religioso relatou que recebeu seis diagnósticos diferentes antes de finalmente descobrir a verdadeira causa de seus sintomas e de sua condição de saúde.
O boletim médico divulgado nessa terça-feira (27) indica que Márlon Múcio apresentou melhora e está respondendo bem aos medicamentos.
O que é a DTR, doença do padre Márlon
A Deficiência do Transportador de Riboflavina (DTR) é uma rara doença genética, causada por uma alteração no DNA, que resulta na deficiência de riboflavina intracelular e compromete as atividades metabólicas.
Estima-se que existam apenas 300 casos diagnosticados globalmente, com nove deles no Brasil, de acordo com a Cure RTD Foundation. Os principais sintomas incluem fraqueza muscular, dificuldade de equilíbrio e marcha atáxica.
Além disso, os pacientes podem apresentar movimentos oculares involuntários (nistagmo) e tremores na língua (fasciculação).
Nas redes sociais, fiéis e colegas religiosos criaram uma “corrente de oração” pela recuperação do padre Márlon Múcio. Seguidores expressaram admiração, com comentários como: “O senhor é uma fortaleza de fé e esperança” e “O senhor é um exemplo de jamais desistir, seja o que for! A sua vida é exemplo pra mim!”.