A Polícia Federal (PF) aponta o empresário alagoano Alan Cavalcante do Nascimento, dono da empresa Global Mineração, como líder de um esquema que lucrou mais de R$ 1,5 bilhão com crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que o grupo atuou na exploração ilegal de minério em Minas Gerais, inclusive em áreas de preservação como a Serra do Curral.
Até 2010, Alan não tinha experiência no setor de mineração. Ele era conhecido por seu envolvimento em corridas de motocross e por ter trabalhado como professor de matemática e no ramo de telecomunicações. De acordo com o texto, sua ascensão meteórica no mundo dos negócios e sua vida de luxo em uma mansão em Marechal Deodoro (AL) despertaram a atenção das autoridades.
Alan Cavalcante se tornou conhecido em Alagoas por promover festas de alto padrão, incluindo eventos de Réveillon com shows de artistas famosos. Em 2023, ele atraiu os holofotes ao participar do leilão de Neymar Jr., onde arrematou um blazer e um cordão de diamantes por R$ 1,2 milhão.
As investigações da PF revelam que o empresário e seus parceiros teriam corrompido servidores públicos para obter licenças ambientais de forma fraudulenta. Além de explorar minério ilegalmente em larga escala, o grupo teria monitorado autoridades e usado métodos para lavar o dinheiro ilícito. O lucro de R$ 1,5 bilhão é a ponta do iceberg; projetos em andamento da Global Mineração têm um potencial econômico de mais de R$ 18 bilhões.
A PF deflagrou uma operação para cumprir 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva, incluindo em Alagoas. Na capital, Maceió, a mansão de Alan no condomínio de luxo em Marechal Deodoro foi alvo de busca e apreensão. Os investigados poderão responder por uma série de crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro, crimes ambientais e formação de organização criminosa.
*Com informações da Revista Piauí