O Agente Secreto, nova aposta do cinema nacional para a premiação do Oscar, recebeu cerca de R$ 7,5 milhões do governo através de incentivos do governo federal para o audiovisual brasileiro. Mas diferente do que muitos pensam, nenhum centavo desse montante foi via Lei Rouanet.
Acontece que, independente da vertente política, nenhum projeto de longa-metragem brasileiro pode receber repasses da Lei Rouanet. Isso porque, segundo o texto, apenas obras de curta e média-metragem podem fazer jus à lei de incentivo.
Os R$ 7,5 milhões recebidos pelo filme estrelado por Wagner Moura foram obtidos pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) da Ancine, por meio da Chamada Pública Produção Cinema via Distribuidora 2023, aprovada em fevereiro de 2024.
E quanto custou O Agente Secreto?
Dirigido por Kleber Mendonça Filho e cotado para ser indicado a cinco categorias no Oscar, O Agente Secreto teve um orçamento de R$ 27.165.775.
As verbas correspondem a investimentos da iniciativa privada brasileira – cerca de R$ 5,5 milhões – e incentivos dos governos do Brasil, R$ 7,5 milhões; da França, da Alemanha e da Holanda, correspondentes a cerca de R$ 14 milhões.
O longa poderia contar ainda com uma verba de R$ 4 milhões para a distribuição do filme no Brasil, conforme prevê o investimento do FSA. Contudo, a produção decidiu não optar pelo incentivo.
O Agente Secreto chega aos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro.
Fonte: Metropoles