O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) votou com o governo na MP (medida provisória) que aumentava a arrecadação em R$ 17 bilhões taxando bets e investimentos financeiros. Ele afirmou que estava cuidando da filha e cometeu um erro.
O que aconteceu
Nikolas estava em Belo Horizonte na hora da votação. Ele não esteve em Brasília na semana passada por causa do nascimento da menina. Voltou à capital federal somente ontem para participar de uma manifestação pela anistia. Terminado o ato, voltou na mesma noite para a capital mineira.
O deputado afirmou que se confundiu. Nikolas enviou uma foto ao UOL com a filha no colo e na legenda escreveu a seguinte justificativa: “Cuidando dela, acabei não entendendo a orientação [determinação do partido sobre apertar sim ou não]”.
O voto foi contra uma ordem presidente do PL. Valdemar Costa Neto enviou mensagem no grupo do partido afirmando que a orientação em derrubar a MP era um pedido pessoal e fazia parte da estratégia da oposição.
Nikolas tratou a situação como um engano. Ele ressaltou que se posicionou contra a MP. “Fiz campanha contra e errei kkkk acontece”. O parlamentar também se explicou nas redes sociais. Na postagem, repetiu que foi engano.
Somente dois deputados do PL foram contra a orientação. Antonio Carlos Rodrigues (SP) votou contra a orientação do presidente Valdemar. Outros 75 parlamentares ajudaram a derrubar a MP.
A medida provisória foi derrotada por 251 votos pela derrubada e 193 pela manutenção. O governo perdeu mesmo fazendo concessões ao agronegócio e procurando entendimento com partidos como PP, União Brasil, PSD e Republicanos.