O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nessa terça-feira, 9, que não está “nada feliz” com a ofensiva israelense contra lideranças do grupo terrorista Hamas no Catar.
“Não estou nada feliz com isso. Não é uma boa situação, mas direi o seguinte: queremos os reféns de volta, mas não estamos nada felizes com a forma como as coisas aconteceram hoje”, disse Trump a jornalistas, ao chegar em um restaurante de Washington.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia lamentado o bombardeio contra uma “nação soberana e aliada dos EUA”.
“Bombardear unilateralmente o Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos que está trabalhando duro, corajosamente e assumindo riscos para negociar a paz, não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos”, afirmou Karoline, destacando que “eliminar o Hamas é um objetivo louvável”.
O Catar negou que Washington tenha dado aviso prévio sobre o ataque promovido pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
Ataque a edifício do Hamas no Catar
Israel atingiu nesta terça, 9, um edifício onde estavam líderes do Hamas no Catar. Essa é a primeira vez que Israel ataca alvos no país do golfo.
Não ficou imediatamente claro como o ataque foi realizado, embora um porta-voz militar israelense tenha se referido à força aérea israelense como responsável pelo ataque.
O Catar condenou o que chamou de “ataque israelense covarde” à sede política do Hamas em Doha.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Majed al-Ansari, chamou isso de “violação flagrante de todas as leis e normas internacionais”.
Em declaração conjunta, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) e o porta-voz da Agência de Inteligência Estrangeira (ISA) confirmaram um ataque contra alta liderança do Hamas:
“Há pouco tempo, as FDI e a ISA, utilizando a Força Aérea, realizaram um ataque preciso contra a alta liderança da organização terrorista Hamas. Os líderes atacados dirigem as atividades da organização há anos e são diretamente responsáveis pela execução do massacre de 7 de outubro e pela gestão da guerra contra o Estado de Israel.
Antes do ataque, foram tomadas medidas para minimizar os danos a indivíduos não envolvidos, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional.
As FDI e a ISA continuarão a agir com determinação para derrotar a organização terrorista Hamas, responsável pelo massacre de 7 de outubro.”
Fonte: O Antagonista