
A Polícia Civil de Alagoas indiciou por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, um motociclista de aplicativo envolvido no acidente que resultou na morte de Renata Maria Lima Silvério, de 28 anos, grávida de dois meses. O caso ocorreu no último dia 7 de junho, na Avenida Fernandes Lima, parte alta de Maceió.
Segundo o delegado Carlos Reis, coordenador da Delegacia de Acidentes de Trânsito, o indiciamento se baseou em depoimentos de testemunhas, incluindo o passageiro que estava na garupa da moto no momento do acidente. Todas as versões apontam que o condutor realizou uma manobra perigosa, o que teria causado a queda da vítima.
“O motociclista trafegava pelo corredor da avenida em alta velocidade e chegou a buzinar para ultrapassar Renata, que também estava em uma moto. Após a ultrapassagem, as motocicletas se tocaram e a vítima caiu na pista, sendo atropelada por um caminhão”, explicou o delegado.
Durante a manobra, o passageiro deixou cair uma pasta com documentos. Ele e o condutor voltaram ao local, retornando pela contramão, e encontraram Renata já caída e gravemente ferida. O socorro médico foi acionado, mas a morte foi constatada no local.
A polícia descartou a hipótese inicial de que a queda da vítima teria sido causada por um possível assédio no trânsito.
“Todos os depoimentos são consistentes e afirmam que o motociclista buzinava para abrir passagem, prática comum entre motociclistas por aplicativo. Não há qualquer indício de assédio”, reforçou Carlos Reis em entrevista ao portal TNH1.
A morte de Renata causou grande comoção nas redes sociais. Amigos e familiares lamentaram a tragédia e pediram justiça. A jovem, além de estar no início da gestação, era considerada uma condutora experiente. O caso agora segue para o Ministério Público, que deve analisar o indiciamento e decidir sobre a denúncia.