Estado já soma quase 23 mil casos em 2025; crianças são o grupo mais vulnerável, segundo Secretaria de Saúde
A morte de um menino de 10 anos por complicações após uma picada de escorpião, no último domingo (3/8), em São José do Rio Preto (SP), reacendeu o alerta para o aumento de acidentes com animais peçonhentos em São Paulo. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o estado já contabiliza 22,8 mil casos de picadas de aracnídeos desde o início de 2025. A vítima é o primeiro óbito do ano e a primeira morte do tipo registrada na cidade em quase uma década.
A criança foi picada na sexta-feira (1º/8) e levada ao Pronto-Socorro da Vila Toninho. Com o agravamento do quadro, foi transferida para o Hospital da Criança e Maternidade, onde permaneceu internada por dois dias. Apesar dos esforços da equipe médica, não resistiu às complicações causadas pelo veneno do escorpião-amarelo-do-nordeste, espécie considerada uma das mais perigosas do país.
Diante do ocorrido, a Prefeitura de São José do Rio Preto iniciou um mutirão de limpeza em diversas regiões da cidade para combater focos de escorpiões. A Secretaria Estadual de Saúde também reforçou a importância do atendimento rápido. O estado dispõe atualmente de 228 pontos estratégicos com soro antiescorpiônico, disponíveis em hospitais e unidades de saúde preparados para o atendimento de acidentes com animais peçonhentos. A lista completa dos locais pode ser consultada no site da secretaria.
Segundo a pasta, crianças de até dez anos são as mais vulneráveis ao veneno. Os sintomas da picada podem variar entre quadros leves e graves. Em estágios iniciais, é comum que a vítima sinta dor intensa e apresente agitação. Em casos moderados, surgem vômitos, sudorese, aumento dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória. Já nos quadros mais graves, os sintomas incluem salivação excessiva, tremores, convulsões, hipotermia, edema pulmonar, insuficiência cardíaca e até choque, podendo levar à morte.
O escorpião-amarelo-do-nordeste mede entre 5 e 7 centímetros, possui coloração amarela predominante e marcações escuras ao longo do dorso e da cauda. Seu veneno é altamente tóxico e pode ser fatal, especialmente em crianças, se o atendimento não for imediato.
A recomendação das autoridades de saúde é que, em caso de picada, a vítima seja levada o quanto antes a uma unidade com aplicação de soro. O tempo entre o acidente e o atendimento é crucial para evitar complicações.

