O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nessa quinta-feira (16), que a Polícia Federal (PF) forneça, em um prazo de cinco dias, esclarecimentos detalhados sobre a suposta viagem de Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022.
A decisão está relacionada à ação penal que investiga a tentiva de golpe de Estado em 2022 e envolve, além de Martins, Fernando de Sousa Oliveira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques – todos apontados como integrantes do núcleo 2 de suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Segundo o despacho de Moraes, a PF havia investigado a alegação da defesa de que Martins não teria viajado à Flórida naquela data. No entanto, informações obtidas pelo órgão indicam que o réu pode ter se evadido do país a bordo da aeronave presidencial, junto à comitiva do então presidente da República, com destino a Orlando.
A entrada de Martins nos Estados Unidos havia sido confirmada pela PF através do site do Department of Homeland Security (DHS), com base no CPF, passaportes e data de nascimento do investigado. No último dia 10 de outubro, no entanto, o U.S. Customs and Border Protection (CBP), órgão de controle de fronteiras dos EUA, divulgou nota dizendo que ele não esteve no país na data informada e que o registro de entrada apresentado pela investigação é falso.
Fonte: Metrópoles