Daniel Mourão, 44 anos, terceiro-sargento reformado do Exército, afirmou que explodiria uma bomba na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso não fosse recebido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O episódio ocorreu no sábado (30/8), dias antes da fase final do julgamento do ex-presidente.
O militar, que chegou a ser contido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante a Operação Petardo, especializada em ocorrências de suspeita de bomba, alegou estar com explosivos em sua mochila. Ao ser inspecionada pelo Esquadrão Antibombas, a mochila continha apenas roupas e uma garrafa de água. Por volta das 6h45 de sábado, Mourão foi preso, sem que houvesse feridos ou danos materiais.
Neste domingo (31/8), a juíza Nádia Vieira de Mello Ladosky, da 5ª Vara Criminal de Brasília, concedeu liberdade provisória ao militar, impondo medidas cautelares. Ele está proibido de frequentar a Praça dos Três Poderes, não pode se ausentar de Brasília por mais de 30 dias sem autorização judicial e deve comunicar qualquer mudança de endereço.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Mourão apresentou “distúrbios psiquiátricos” e foi atendido na UPA de São Sebastião. O caso segue sob investigação da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central de Brasília), que apura as circunstâncias da ameaça.

