A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, divulgou nessa quinta-feira (30) uma nota em defesa da megaoperação realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
No texto, intitulado “As mães e a (in)segurança pública”, Michelle acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de favorecer traficantes ao tratá-los como vítimas e afirma que, com isso, ele se torna “cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”.
Megaoperação no Rio
A ação policial deixou ao menos 121 mortos, incluindo quatro policiais — dois civis e dois militares — e resultou em 113 prisões. O objetivo da operação era desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado, e apreender fuzis em posse do grupo.
A operação é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil do Estado (PCERJ), os quatro policiais foram mortos por “narcoterroristas” durante a Operação Contenção, em um dia descrito pelo governo estadual como histórico no combate ao crime organizado.
Críticas ao governo federal
No manifesto, o PL Mulher critica Lula, citando-o oito vezes, e inclui o presidente em um suposto “Trio da Destruição”, ao lado de Nicolás Maduro, da Venezuela, e Gustavo Petro, da Colômbia. Segundo o texto, essa tríade “atua incansavelmente para favorecer os traficantes, recusando-se a classificá-los como narcoterroristas”.
O documento também relembra declarações recentes do presidente, como a feita na Indonésia, em 24 de outubro, em que afirmou que “traficantes são vítimas de usuários também”. O PL Mulher condena essa postura e questiona a atuação da Polícia Federal, que, segundo o texto, seria “ágil para prender idosas e mulheres manifestantes do 8 de janeiro” mas teria se recusado a apoiar o combate às facções no Rio.
O manifesto reforça que as verdadeiras vítimas do crime organizado são mães, trabalhadores, familiares e policiais, além da sociedade em geral, que, segundo o PL Mulher, sofre com o “silêncio ensurdecedor do presidente, incapaz de consolar familiares de policiais mortos ou homenagear heróis caídos no combate ao narcotráfico”.








 
			 
			




