A prisão da médica suspeita de matar a tiros o ex-marido, também médico, no último domingo (16), em Arapiraca, provocou grande repercussão nas redes sociais — especialmente nos canais da Gazetaweb, onde centenas de internautas passaram a comentar as publicações sobre o caso.
Enquanto a Polícia Civil (PC) afirma que a mulher deve responder por homicídio qualificado, a reação do público segue em direção oposta: a maioria das manifestações demonstra apoio à suspeita, que diz ter agido tomada pelo medo de ser morta.
As discussões ganharam ainda mais força após a divulgação de imagens de segurança que registram o momento em que a médica se aproxima de Alan Carlos de Lima Cavalcante, 41 anos, e efetua diversos disparos. O médico cai imediatamente após ser atingido.
Segundo relato da própria suspeita, ela vivia sob constantes ameaças desde que denunciou o ex-companheiro por abuso de vulnerável contra a filha do casal — uma denúncia feita há cerca de um ano e meio. Na entrevista, ela afirmou acreditar que estava prestes a cair em uma emboscada no instante em que atirou.
Nos comentários feitos no perfil da Gazetaweb, muitos usuários atribuíram o ato ao desespero e à tensão extrema. A internauta @silvaniaoliveira.as afirmou: “Ela agiu no desespero”. Já @anaclaudia169 comentou: “Desespero de uma mãe”.
Outros posicionamentos foram ainda mais enfáticos. A usuária @taticamposal escreveu: “Se o motivo é real, eu faria pior que Matsunaga”. Em linha semelhante, @priscilagata152009 declarou: “Pelo que vi na entrevista que ela deu, quem era vítima dele era ela e a filha. Infelizmente a justiça é falha.”
Críticas ao sistema judicial também se multiplicaram. Para @graceolssonofficial, o caso poderia ter sido evitado: “Se a denúncia fosse resolvida, isso não teria acontecido”.
Houve também quem defendesse abertamente a ação da médica. A usuária @edna_fiuza escreveu: “Meu pano e rosa pra ela”. Já o internauta @maicodouglas777 foi além: “Dá uma medalha a ela”.
Outro comentário que chamou atenção foi o de @andrezinhasilva16, que questionou a prisão: “Pq prenderam ela? Tá mais que certa!! Mas antes ele morrer do que ele matar ela!”.
Quanto ao histórico do caso, a médica relatou que foi casada com Alan por 22 anos e que decidiu denunciá-lo após notar sinais de que a filha estaria pedindo ajuda. Segundo ela, tanto funcionárias da casa quanto a escola identificaram comportamentos suspeitos.
O crime ocorreu em frente à Unidade Básica de Saúde do Sítio Capim, na zona rural de Arapiraca, e chocou os moradores da região. Após os disparos, a suspeita fugiu em um Jeep, deixando a filha para trás, e seguiu rumo a Maceió — onde foi interceptada por equipes policiais horas depois e levada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Apesar da onda de apoio nas redes sociais, a Polícia Civil reforça que a médica deverá responder por homicídio qualificado, enquanto as investigações continuam em andamento.

