A Polícia Civil de Alagoas concluiu que a médica Nádia Tamires, suspeita de matar o ex-marido Alan Carlos de Lima Cavalcante em Arapiraca, agiu de forma intencional. A informação foi divulgada nesta terça-feira (2) e confirma que o crime não se tratou de um acidente ou legítima defesa.
O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios, que indiciou a suspeita por homicídio qualificado, considerando motivo fútil e a impossibilidade de defesa da vítima. A tese de legítima defesa foi descartada diante das evidências reunidas.
Segundo o delegado Everton Gonçalves, responsável pelo inquérito, imagens de câmeras de segurança e a própria confissão da investigada foram determinantes para comprovar a autoria e o dolo homicida. A versão apresentada por Nádia Tamires não foi corroborada pelos elementos coletados.
A mulher foi presa em flagrante em Maceió poucas horas após o crime. Durante a investigação, foram analisados conflitos anteriores do casal, incluindo ações judiciais, denúncias e registros na Patrulha Maria da Penha, mas nada justificaria a reação extrema de tirar a vida da vítima.
A polícia também confirmou que Alan Carlos não havia descumprido medidas protetivas vigentes há mais de um ano. No dia do crime, ele teria ido apenas entregar um bolo à filha, sem se aproximar da casa da ex-esposa. Com o inquérito concluído, o processo foi encaminhado ao Ministério Público, que poderá solicitar novas diligências, apresentar denúncia ou pedir o arquivamento.

