O domingo (21) foi marcado por atos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, e contra o Projeto de Lei (PL) da Anistia. Convocadas por partidos políticos, movimentos sociais, artistas e influenciadores, as manifestações ocorreram nas 27 capitais brasileiras.
Encaradas como um termômetro político da capacidade de mobilização do campo progressista, as manifestações começaram de manhã em Brasília, Salvador e Belo Horizonte, e ganharam força à tarde com protestos em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. A Avenida Paulista, em São Paulo, e Copacabana, no Rio de Janeiro, registraram mais de 41 mil pessoas – cada uma, segundo estimativa do Monitor do Debate Político da USP.
A PEC da Blindagem prevê que parlamentares só possam ser investigados ou presos com a permissão dos pares. Já o PL discute o perdão ou redução de pena para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A aprovação da PEC da Blindagem ocorreu na terça-feira (16/9) na Câmara dos Deputados. Já o PL da Anistia teve o regime de urgência aprovado na quarta-feira (17/9).
Os votos a favor da blindagem e da anistia foram majoritariamente de partidos do Centrão. A segunda pauta, no entanto, é mais cara aos parlamentares bolsonaristas.
Em São Paulo, os manifestantes empunharam bandeiras do Brasil, de movimentos sociais e cartazes criticando os congressistas. Em palavras de ordem, a PEC da Blindagem era chamada de PEC da Picaretagem. Marina Lima, Jota.Pê e Emicida estavam entre os artistas que compareceram ao ato público.
Na Paulista, a concentração foi de 42,4 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common. Para efeito de comparação, a manifestação pró-anistia convocada pelo pastor Silas Malafaia ao lado de bolsonaristas contou com 42,2 mil pessoas em São Paulo, de acordo com o mesmo grupo.
Fonte: Metrópoles

