O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou as Forças Armadas do país, destacando que elas possuem “guerreiros invencíveis”. A declaração foi feita durante uma cerimônia de fim de ano realizada no domingo (28) em La Guaira.
No evento, ele também recebeu um rifle de precisão calibre .50.
Maduro, acompanhado por outras autoridades, afirmou que os valores de emancipação e humanismo das Forças Armadas foram fortalecidos ao longo das 27 semanas de tensões com os Estados Unidos.
O mandatário venezuelano afirmou que houve a consolidação do poder nacional “na prática” em 2025, com as forças populares e militares unidas sob seu plano de defesa.
Ele acrescentou que as Forças Armadas venezuelanas estão preparadas para defender a soberania e a integridade territorial.
Segundo Maduro, a cerimônia na Academia Militar Naval Bolivariana celebrou o papel dos militares como emancipadores, “não imperialistas”, e marcou o ápice dos esforços para refundar os valores da nação.
Tensões entre Estados Unidos e Venezuela
A tensão entre Estados Unidos e Venezuela começou a aumentar em agosto, quando o governo de Donald Trump elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro.
Paralelamente, os EUA enviaram aeronaves, veículos, milhares de soldados e um grupo de ataque de porta-aviões para o Caribe, sob a justificativa de combate ao narcotráfico.
As operações incluem diversos ataques contra embarcações tanto no Caribe quanto no Pacífico que supostamente transportariam drogas. No entanto, surgiram questionamentos sobre a legalidade dessas ações.
Além dos ataques a navios, os EUA também pressionam o governo de Nicolás Maduro, acusado pela Casa Branca de manter vínculos com o narcotráfico e o Cartel de Los Soles.
De acordo com fontes consultadas pela CNN, o governo de Donald Trump prepara planos para “o dia seguinte” à eventual saída de Maduro do poder, mas ainda não teria decidido sobre um ataque direto ao país.
Trump conversou por telefone com Maduro no final de novembro, pouco antes de os EUA o classificarem como integrante de uma organização terrorista estrangeira. O líder venezuelano teria recebido um ultimato para deixar o poder e o país, mas não o teria cumprido.
Em outra ação que elevou o clima de confronto entre as duas nações, os Estados Unidos apreenderam um petroleiro próximo à Venezuela, medida definida como “roubo descarado” e “um ato de pirataria internacional” pelo governo de Maduro.
Posteriormente, Trump anunciou um “bloqueio total” contra os petroleiros sancionados da Venezuela e afirmou que não permitirá “ninguém passar sem o devido direito”.

