O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como a “maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado” a megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (28/8) contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e operadores do mercado financeiro ligados à Faria Lima. A ação revelou um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.
Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Receita Federal, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
“Nosso compromisso é proteger cidadãos e consumidores: cortar o fluxo de dinheiro ilícito, recuperar recursos para os cofres públicos e garantir um mercado de combustíveis justo e transparente, com qualidade e concorrência leal. Seguiremos atuando com coordenação e seriedade para dar segurança às pessoas e estabilidade à economia”, afirmou Lula em publicação nas redes sociais.
Segundo a Receita Federal, uma rede de 1.200 postos de combustíveis movimentou cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos dinheiro em espécie, aparelhos eletrônicos, armas de fogo e relógios de luxo. O material será periciado.
O esquema investigado envolve diversas etapas da cadeia de combustíveis — da importação e distribuição até a venda ao consumidor final — e utilizava fintechs e fundos de investimento para ocultar e blindar o patrimônio.
Lula destacou que o êxito da operação só foi possível graças ao trabalho integrado iniciado com a criação, no Ministério da Justiça, do Núcleo de Combate ao Crime Organizado.

