Após o senador Eduardo Braga (MDB-AM) ter sido escolhido como relator da reforma tributária no Senado, Lula se reuniu com ele para tratar sobre o assunto e possíveis ajustes.
Durante o programa Análise da Notícia, o colunista do UOL Tales Faria, afirmou que o presidente pediu para Braga para que a rivalidade entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) não atrapalhe o andamento da reforma, que é vista como essencial para o governo.
Lula teme que disputa entre Lira e Renan contamine reforma tributária. Arthur Lira e Renan Calheiros brigam pelo controle da política alagoana e são considerados inimigos. O temor do presidente é de que Renan queira “sabotar” o que foi aprovado por Lira na Câmara e, por isso, Lula fez o pedido para Braga. Renan, entretanto, jura que não vai misturar as coisas para prejudicar o país e, enquanto isso, o presidente faz articulações para evitar que a briga alagoana se reflita na votação da reforma.
Planalto também se preocupa com “jabutis” que entraram no texto da reforma na Câmara. Outra preocupação do governo é com os “jabutis” que entraram no texto da reforma aprovado na Câmara, principalmente na questão dos estados poderem criar impostos, o que prejudicaria o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que está sendo criado. Para resolver essa questão, a expectativa do governo é de que Braga faça emendas supressivas, ou seja, se o Senado aprovar esse tipo de emenda e o texto voltar para a Câmara, os deputados não poderão fazer alterações. O Senado deve retirar o máximo de “jabutis” por meio de emendas supressivas mas, de toda forma, o texto provavelmente deverá voltar para a Câmara para outras alterações.
Lula está cedendo aos desejos de Lira. Com a iminente volta do texto da reforma para a Câmara, Lula está atendendo alguns desejos Lira. Um deles, por exemplo, é a nomeação do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) como novo ministro do Turismo. Com a certeza de que o texto voltará para a Câmara, Lira continua com poder e, por isso, Lula está tratando de fazer ajustes ministeriais. A intenção é mudar de três a quatro peças para agradar Lira, mas de preferência peças periféricas, e não centrais para o governo.
Fonte – UOL
