O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Durante a segunda reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto, Lula manifestou solidariedade a Lewandowski, classificando a medida como “inaceitável”.
“Minha solidariedade a você por conta do gesto irresponsável dos Estados Unidos de cassar o teu visto,” disse o presidente. Ele acrescentou que a decisão era “vergonhosa” para os EUA, não para o ministro.
A reunião ministerial, que busca apresentar resultados de gestão e projetar prioridades para 2026, teve a presença de vários ministros usando um boné com o slogan do governo “O Brasil é dos Brasileiros”. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no entanto, não usou o acessório.
Após comentar que a guerra na Ucrânia estaria perto do fim, o presidente fez duras críticas à família do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente ao filho Eduardo. Lula afirmou que o que a família está fazendo nos EUA é “uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”.
Ele destacou que “não existe nada que pode ser mais grave do que uma família inteira, com um filho que já deveria ter sido expulso da Câmara, insuflando um outro Estado contra o Estado do Brasil.” Lula disse que o governo precisa fazer disso “uma frente de batalha no campo da política” para que o Brasil seja respeitado.
Outros Temas em Discussão e Fala de Alckmin
A reunião, que começou por volta das 10h, também discutiu outros temas relevantes, como o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump; o projeto de regulamentação das big techs; e a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou contra o tarifaço de Trump, reforçando a orientação de Lula para um “diálogo permanente, soberania, Estado de Direito, separação dos poderes e, ao mesmo tempo, negociação”. Esta foi a nona reunião ministerial desde o início do mandato e a segunda do ano.