Gilberto Waller Júnior, o recém-nomeado presidente do INSS, recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorização para implementar as modificações que julgar necessárias no órgão.
Assessores presidenciais indicam que uma reformulação da autarquia e a substituição de seus diretores são consideradas iminentes.
Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Gilberto Waller Júnior para a presidência do INSS na última quarta-feira (30), após a demissão de Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo em decorrência de investigações da Polícia Federal sobre fraudes na instituição.
Segundo informações de assessores próximos a Lula, obtidas pelo blog, o Palácio do Planalto priorizou a nomeação de um profissional com vasta experiência em auditorias, além de qualificação técnica, com o objetivo de realizar uma análise minuciosa no INSS.
“Precisava ser mais do que um nome técnico, mas um especialista em auditoria”, afirmou ao blog um ministro.
Missões
Waller recebeu do Palácio do Planalto algumas tarefas de alta prioridade. A primeira delas é organizar a devolução dos valores descontados de aposentados e pensionistas, trabalho que deve ser finalizado nos próximos meses.
A segunda missão é promover uma reestruturação completa do órgão, realizando uma análise detalhada em todos os setores. O entendimento no Palácio do Planalto é que o INSS tem sido suscetível a fraudes por décadas e que, para superar a crise que afeta politicamente o governo, é fundamental modernizar a autarquia e restaurar sua credibilidade.
Outro desafio crucial para o novo presidente será eliminar a longa fila de espera por benefícios, um objetivo que tem se mostrado esquivo para administrações anteriores.
Nesta sexta-feira (2), o recém-empossado presidente do INSS se reunirá pela primeira vez com representantes da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) para definir a estratégia de ressarcimento dos pensionistas que sofreram descontos indevidos em seus pagamentos devido a fraudes.
O governo ainda não definiu um cronograma para efetuar as restituições. Apesar da autonomia concedida, a nova gestão do INSS terá acompanhamento próximo de outras instâncias governamentais encarregadas de investigação e controle.
Inicialmente, o foco será identificar os beneficiários lesados e solicitar às instituições responsáveis pelos descontos que apresentem as devidas autorizações.