Na madrugada do dia 11 de junho, o céu trará um espetáculo raro: uma Lua cheia que estará visivelmente mais próxima do horizonte do que o normal. O fenômeno, que ocorre a cada 18 anos, é conhecido como parte da chamada “parada lunar maior” — um alinhamento celestial que altera a altura da Lua no céu noturno.
Essa edição especial da Lua cheia é apelidada de “Lua de Morango”, um nome poético que não tem a ver com a cor do astro, mas sim com tradições antigas de povos indígenas da América do Norte, que associavam esse período à colheita dos morangos silvestres.
No Brasil, o ponto máximo desse evento está previsto para as 4h45 da madrugada do dia 11, pelo horário de Brasília. Embora o fenômeno seja visível de norte a sul do país, os efeitos mais intensos — especialmente a sensação de uma Lua “arrastando-se” pelo horizonte — serão melhor percebidos no Hemisfério Norte.
A ciência por trás do espetáculo envolve uma dança precisa entre a inclinação da órbita da Lua (5,15°) e o eixo inclinado da Terra (23,5°). Essa combinação faz com que, ao longo de quase duas décadas, o satélite natural da Terra varie significativamente sua posição no céu, chegando agora a um dos seus pontos mais baixos de observação.
Embora o nome “Lua de Morango” possa sugerir um tom rosado ou avermelhado, não se engane: a coloração será a habitual da Lua cheia. O destaque, neste caso, está mesmo em sua posição incomumente baixa, o que deve render boas oportunidades para registros fotográficos e observações curiosas.
Prepare o despertador, olhe para o céu e aprecie um fenômeno que só voltará a se repetir com essa intensidade por volta de 2043.